Entomologia Forense
- Conversacomaciencia
- 30 de abr. de 2018
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A Entomologia forense estuda os insetos e outros artrópodes relacionados aos casos criminais. Auxilia na investigação de crimes de morte violenta. O entomologista forense deve possuir um bom conhecimento de taxonomia, biologia e ecologia de insetos.
O primeiro registro da Entomologia foi citado na China pelo advogado e investigador Sung Tzu no século XIII, no livro chamado The washing away of wrongs (A lavagem dos erros), descrevendo o caso de uma morte por golpes de foice perto de um campo de arroz.
Contudo essa ciência tornou-se mundialmente conhecida somente após 1894, com a publicação na França do livro “La faune des cadavres” de Mégnin.
O uso de insetos e outros artrópodes são essenciais nas investigações criminais, pois eles são os primeiros a encontrar o cadáver e estão presentes em todas as fases de decomposição, além da ocorrência de algumas espécies restritas a determinadas estações do ano.
As principais ordens de artrópodes de interesse forense são Diptera (moscas), Coleoptera (besouros), Hymenoptera (vespas, abelhas e formigas), Lepidoptera (borboletas e de insetos também podem mostrar se o corpo foi movido mariposas) e Acari (ácaros).
A Entomologia Forense tem como objetivo datar a morte, apurar se o corpo foi movido para um segundo local, se o mesmo foi manipulado ou ainda, se possível, determinar as circunstâncias do fato ocorrido. Pode ser aplicado nas investigações sobre maus tratos, danos imobiliários, tráfico de entorpecentes e vítimas de morte violenta, podendo esclarecer a possível causa da morte, onde ocorreu o crime e principalmente o tempo de morte e a data que o cadáver foi encontrado, determinado assim o intervalo pós-morte (IPM).
A Entomologia Forense iniciou-se no Brasil em 1908, com os trabalhos de Edgard Roquette Pinto e Oscar Freire, respectivamente nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia. Baseando-se em estudos de casos em humanos e animais realizados na primeira década do Século XX, esses autores 32 registraram a diversidade da fauna de insetos necrófagos em regiões de Mata Atlântica.
Fontes:
CANEPARO, Maria Fernanda da Cruz. et al. Entomologia Médico-Criminal. 2012.
Gabrielle Pereira - Bióloga
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