A Grande fome da Irlanda.
- Conversacomaciencia
- 14 de abr. de 2018
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A Grande Fome na Irlanda ocorreu entre 1845 e 1849 e deixou fortes marcas na história do povo irlandês. Dizimou cerca de 25% da população do país e forçou a migração maioria dos irlandeses principalmente para a América do Norte. O evento ganhou um memorial em Docklands, o Famine Memorial.
Com a conquista das terras irlandesas pelos ingleses, os católicos irlandeses eram proibidos de exercer profissões liberais ou mesmo comprar terras. Por isso, muitos alugavam pequenos lotes de terra de proprietários protestantes britânicos ausentes. Em geral, essas propriedades mediam menos de cinco acres, em 1845.
Os camponeses irlandeses sobreviviam com uma dieta composta em grande parte de batatas, uma vez que o agricultor poderia colher o triplo em batatas na relação aos grãos no mesmo lote de terra. Um único acre de batatas poderia sustentar uma família por um ano. Cerca de metade da população da Irlanda dependia de batatas para a sobrevivência.
Durante o verão de 1845, uma "praga incomum" devastou a colheita de batata da Irlanda, o alimento básico na dieta irlandesa. Poucos dias após as batatas serem colhidas, começavam a putrefazer-se.
Observadores da época relataram na população cólera, disenteria, escorbuto, tifo e infestação de piolhos que logo se espalharam pelos campos irlandeses. Corpos eram enterrados alguns centímetros abaixo do solo, sem caixões.

Toda a população rural tornou-se vítima da “praga da batata”, que ano após ano, desde 1845, infestava os tubérculos, deixando os povos sem sua principal fonte de alimento. Desenhos feitos por repórteres da época ilustravam cenas de loucura e desespero. Estima-se que quase um milhão de irlandeses foram mortos pela fome e doenças que foram acometidas e outro milhão a emigrar.

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