Sabemos que a concentração de gases do efeito estufa, principalmente o CO2 tem aumentado nos últimos anos. Desde Revolução Industrial, que teve início no século XVIII, a concentração de CO2 aumentou de aproximadamente 280 partes por milhão por volume (ppmv) para 380 ppmv atualmente. O aumento de concentração do dióxido de carbono afeta diretamente os processos fisiológicos das plantas, como fotossíntese e respiração.
De acordo com a explicação de Marcel Quint, professor e cientista agrícola da MLU (Martin Luther University of Halle-Wittenberg), as plantas reagem mais sensivelmente às variações de temperatura do que animais. Quando as temperaturas aumentam, as plantas tendem a crescer mais, suas hastes se tornam mais altas e suas folhas se estreitam e se afastam, tornando a planta mais instável. Essa instabilidade pode causar um dobramento na planta e menor produção de biomassa.
De acordo com a explicação de Marcel Quint, professor e cientista agrícola da MLU (Martin Luther University of Halle-Wittenberg), as plantas reagem mais sensivelmente às variações de temperatura do que os animais. "Quando as temperaturas aumentam, as plantas tendem a crescer mais, suas hastes se tornam mais altas e suas folhas se estreitam e se afastam, tornando a planta mais instável. Essa instabilidade pode causar um dobramento na planta e menor produção de biomassa".
Outras questões além da elevação da temperatura podem causar estresse nas plantas como: menor disponibilidade de água, pestes e patógenos, plantas invasoras, poluição do ar, alagamentos, incêndios, etc. Alterações na temperatura podem alterar a distribuição geográfica das espécies, bem como o ciclo das estações, resultando no chamado descompasso fenológico, fenômeno que consiste na dessincronização da relação plantas x animais polinizadores, podendo afetar o ecossistema.
Alguns insetos polinizadores têm diminuído em nível mundial, devido a um conjunto de fatores e com isso, tem sido documentada quedas em plantas polinizadas por insetos.
Alguns insetos polinizadores têm diminuído em nível mundial, devido a um conjunto de fatores e com isso, tem sido documentada quedas em plantas polinizadas por insetos.
Interações entre plantas e seus polinizadores são ecologicamente importantes e economicamente valiosas. Quase 88% das angiospermas dependem dos animais para serviços de polinização. Por outro lado, a dispersão das sementes, o estabelecimento de novos habitats favoráveis à colonização, além da determinação da distribuição espacial de uma determinada população, dependerá da morfologia das sementes e do tipo de disseminação um eficiente mecanismo de dispersão. Por isso, o rompimento dessas interações poderá ter efeitos em cascata nos sistemas ecológicos afetando o sistema reprodutivo, bem como a dispersão de sementes e o recrutamento das plantas.
Déborah Assis – Graduanda em Ciências Biológicas.
Fontes: Pesquisadores identificam como as mudanças climáticas alteram o crescimento das plantas. https://www.ecodebate.com.br/2018/01/16/pesquisadores-identificam-como-as-mudancas-climaticas-alteram-o-crescimento-das-plantas/
Aquecimento global antecipa estações e desregula relação entre animais e plantas. https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2018/04/19/aquecimento-global-antecipa-estacoes-e-desregula-relacao-entre-animais-e-plantas.htm
FAGUNDES, et al. Aquecimento global: efeitos no crescimento, no desenvolvimento e na produtividade de batata. Ciência Rural, Santa Maria, v.40, n.6, p.1464-1472, jun, 2010. http://www.scielo.br/pdf/cr/v40n6/a609cr2829.pdf
Fonte: MARTINEZ, et al. Respostas das plantas ao incremento atmosférico de dióxido de carbono e da temperatura. Revista Brasileira de Geografia Física v. 08, número especial VI SMUD (2015) 635-650.
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