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Mulheres na Ciência: Hipátia

Atualizado: 22 de mar. de 2018

“Articulada e lógica nas palavras, prudente e voltada para o bem público nas ações… A cidade acolheu-a apropriadamente e lhe concedeu um respeito especial.” - Enciclopédia Suda.

Quando pensamos na matemática, sempre surgem nomes masculinos. Gauss, Newton, Euler, Pitágoras, Tales de Mileto, Descartes, entre outros. A grande questão é: será que as mulheres não contribuíram para o desenvolvimento matemático? Iniciando a série “Mulheres e a Matemática” iremos contar a história de uma mulher marcada pelos estudos matemáticos e intolerância religiosa. Hipátia (ou Hipácia) de Alexandria, nascida entre 350 e 370 (não se sabe ao certo) em Alexandria, no Egito, foi uma das mulheres mais influentes do seu tempo. Influenciada por seu pai Téon de Alexandria, famoso filósofo, astrônomo e mestre de matemática no Museu desta cidade, recebeu uma educação grega que consistia principalmente em preservar seus valores, custasse o que custasse.


Adepta do neoplatonismo, cresceu cercada por influências filosóficas e culturais da época. Possuía grandes habilidades com a matemática, bem como com a astronomia, física e filosofia. Cursou a Academia de Alexandria e a Academia Neoplatônica, em Atenas, sempre buscando aprender mais. Ao retornar dos seus estudos, assumiu uma cadeira na Academia de Alexandria onde logo se tornaria diretora. Superou o pai e contribuiu com estudos importantes nas áreas de geometria e teoria dos números. Porém, o seu brilhante trabalho tornou-se perigoso com a ascensão de Cirilo de Alexandria ao poder. Fanático cristão, ele proibiu qualquer tipo de prática religiosa considerada pagã. Com o aumento das tensões religiosas, ela tornou-se alvo e por volta de 415 foi assassinada por uma multidão de extremistas cristãos. Apesar da morte trágica, sua vida tornou-se inspiração para diversos pensadores da época e até hoje é lembrada pela influência científica e pela educação das mulheres. Tornou-se um símbolo do esclarecimento e do feminismo. Sua vida é retratada no filme Ágora, de 2011. Além disso, é a única mulher presente no quadro “Escola de Atenas”, pintado por Rafael, por volta de 1509 à 1511.




Publicação: Águida Lucena - Pós-graduanda em Educação e Divulgação científica.

conversacomaciencia@gmail.com

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